sábado, 25 de maio de 2013

Encontro De Diretores Indígenas - Cuiabá - MT

A Coordenadoria de Educação Escolar Indígena - CEI, sob a coordenação de Félix Rondon Adugoenau promove o Encontro De Diretores Indígenas nas datas 27, 28 e 29 de maio de 2013, 2ª, 3ª e 4ª feira na capital do Estado de Mato Grosso, com o subtítulo Magistério Intercultural e Ensino Médio Integrado a Educação Profissional - EMIEP para Povos Indígenas do Estado de Mato Grosso no Hotel Fazenda Mato Grosso, Rua Antônio Dorilêo, 1100, bairro Coophema, Cuiabá-MT.
O objetivo do encontro é analisar e discutir as diretrizes curriculares e pedagógicas dos cursos de Magistério Intercultural e Ensino Médio Integrado à Educação Profissional para comunidades indígenas de Mato Grosso.
1- Dimensão pedagógica e logística dos cursos;
2 - Regra de Organização Pedagógica - ROP ( legislação pertinente autorização dos cursos, certificação);
3 - Matriz curricular dos projetos (base nacional comum, base profissionalizante, avaliação, registros no SIGEDUCA);
4 - Prestação de contas dos recursos financeiros.

Segue folder:
Fig. 01.


Fig. 02.

Agradecimentos a todos os assessores e assessoras técnicos pedagógicos que atuam na Coordenadoria de Educação Escolar Indígena - CEI. O coordenador Félix Adugoenau não estará na abertura do evento por motivos dos compromissos na Universidade Federal do Estado de Mato Grosso no mestrado em Educação, devendo o assessor técnico pedagógico Sebastião Ferreira de Souza falar em nome do coordenador da Coordenadoria de Educação Escolar Indígena-CEI/Superintendência de Diversidades Educacionais-SUDE/SEDUC - MT.

terça-feira, 21 de maio de 2013

O ÚLTIMO ADEUS AOS IRMÃOS BORORO, DÁRIO E NÍLSON


Agora tudo é tristeza demais, seu companheiro não se encontra mais. Seu irmão "menor" se foi. Agora estou sozinha. Foi com estas palavras em língua Bororo, chorando que a esposa do Prof. Dário saiu em meu encontro ao avistar-me para compartilhar comigo seu sofrimento. Por minutos infindáveis, abraçamo-nos fraternalmente, enquanto ela chorava desconsolada e copiosamente. Não tive palavras para consolá-la. Eu também estava desconsolado. O meu silêncio ecoou nesse momento angustiante e doloroso, assim como o do diretor Bruno Tavie que me acompanhava. O assessor técnico Sebastião Ferreira de Souza e o motorista Antônio, ambos, da SEDUC-MT que estavam presentes no momento, permaneceram em profundo silêncio.


Fonte: G1 MT.
20/05/2013 16h50 - Atualizado em 20/05/2013 16h50

Ônibus desgovernado bate em carros e mata dois índios em rodovia de MT

Um dos índios morreu atropelado enquanto trocava pneu de carro. Após acidente, motorista de ônibus fugiu da MT-040 temendo ser linchado.

Um dos veículos de passeio envolvidos no acidente ficou irreconhecível (Foto: Varlei Cordova/Agora MT)
Fig. 01. Um dos veículos de passeio envolvido no acidente ficou irreconhecível (Foto: Varlei Cordova/Agora MT)

Um ônibus desgovernado colidiu contra dois carros de passeio na rodovia MT-040 e matou dois índios nesta segunda-feira (20). O acidente aconteceu próximo ao distrito de  São Lourenço, localizado na cidade de Juscimeira, a 164 quilômetros de Cuiabá.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, os índios estavam nos veículos de passeio. Em um dos carros, um pneu estourou e, durante o conserto do equipamento, o índio que estava fora do veículo acabou sendo atropelado pelo ônibus, que não conseguiu frear a tempo.
Õnibus tombou após bater em veículos dos indígenas (Foto: Varlei Cordova/Agora MT)
Fig. 02. Õnibus tombou após bater em veículos dos indígenas (Foto:Varlei Cordova/Agora MT)
O ônibus, de acordo com o Corpo de Bombeiros, ainda bateu no segundo veículo que estava estacionado  em uma das margens da rodovia. Um indígena ficou preso nas ferragens, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Desgovernado, o ônibus tombou em seguida.
De acordo com o sargento do Corpo de Bombeiros, Romas Martins de Oliveira, no ônibus, além do motorista, outras quatro pessoas estavam no veículo. Ninguém se feriu gravemente. Após o acidente, o Corpo de Bombeiros informou ao G1 que houve um princípio de tumulto no local. Quando souberam do acidente, outros indígenas se deslocaram ao local para protestar. O motorista do ônibus fugiu local temendo ser linchado.
Os corpos dos índios mortos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) deRondonópolis, a 218 quilômetros de Cuiabá.
COMENTÁRIOS:
Em relação ao título "Ônibus desgovernado bate em carros e mata dois índios em Rodovia de MT." Será mesmo que o ônibus estava desgovernado? O significado em língua portuguesa de desgovernado é sem governo, classe gramatical: adjetivo. O que se entende quando se usa esta palavra em acidentes de trânsito é que o veículo está sem direção ou perdeu a direção. Suspeita-se que o motorista estava embrigado. No local foram encontrados vários litros de cachaça e cascos de cerveja vazios, no milharal, onde estava também o velocímetro do ônibus.
Em 20 de maio de 2013, 2ª feira, estive no local do acidente na MT - 040 e posteriormente fui para a aldeia Córrego Grande do Povo Bororo. Tive a oportunidade de conversar com a esposa do falecido Prof. Dário Brame que presenciou todo o acidente e com várias pessoas da na aldeia. Segundo a esposa do Prof. Dário, o ônibus veio para cima do carro do esposo que estava auxiliando o Prof. Gilberto na troca de um pneu que havia furado e que ela estava no interior da carro com seu filho pequeno e uma criança de braço. Ela disse que o pisca alerta do Fiat Uno estava ligado. Fiat Uno é veículo em que ela estava em seu interior e que Dário estava acenando e gritando para o motorista desviar deles. Enquanto o ônibus vinha em direção do Fiat Uno o Prof. Dário ainda perguntou fortemente: "Será que é hoje?... Será que é hoje?!!!", e não saiu da frente do ônibus. A esposa dele, do Dário, disse que gritou com ele para sair correndo da frente do ônibus. A esposa disse ainda que pensou em sair correndo, mas ficou com receio do ônibus desviar do Fiat Uno e bater nela e ficou dentro do veículo, apenas se encolhendo para proteger a criança em seus braços no momento da colisão. O Fiat Uno do Prof. Gilberto estava indo para a aldeia Córrego Grande e no momento do acidente o veículo estava no sentido São Lourenço de Fátima/aldeia Córrego Grande. O veículo do Prof. Dário, também Fiat Uno estava indo para Rondonópolis - MT e parou no acostamento sentido aldeia Córrego Grande/Fátima de São Lourenço, distrito de Rondonópolis - MT. Segundo os comentários, o  ônibus teria batido de frente com o carro do Prof. Dário ao lado do motorista e voando em cima do primeiro veículo, caindo em cima do carro do Prof. Gilberto, amassando-o e matando um rapaz Bororo que estava no interior da veículo com pneu furado, Nílson, que teve morte instantânea no ato da pancada. Nílson ficou preso nas ferragens do veículo. Igualmente, o Prof. Dário teve morte instantânea e ficou, segundo o senhor Manoel, Coordenador Técnico Local - FUNAI, irreconhecível. O Prof. Gilberto não sofreu nenhum ferimento. E segundo a esposa do Prof. Dário, ao sair em direção à fazenda mais próxima, um dos elementos que estava no ônibus agarrou um porrete e começou a persegui-la e dizendo que pegaria a sua filha. Nesse momento ela correu com todas as forças possíveis e gritando o Prof. Gilberto que já estava mais distante, indo em direção à fazenda. O prof. ouviu, voltou correndo e a ajudou e ambos tomaram a direção da fazenda. Foi encontrado cachaça no local e não se sabe quem foi o autor de um ato ignóbil, que colocou no interior do carro do Prof. Dário, um recipiente ainda com cachaça. Apenas um pressuposto e claro objetivo que este ato foi feito para livrar e/ou amenizar a culpabilidade do motorista do ônibus. No local não se percebe nenhum sinal de que o ônibus frenou com violência. Não há sinal de pneus frenando no asfalto.
É um absurdo o que o G1 MT noticiou quando disse que outros indígenas se deslocaram ao local do acidente quando souberam, para protestar. Protestar contra quem??? Se no local havia apenas os mortos e os veículos? Contra a morte???
Outro absurdo é que o G1 MT veiculou com a seguinte frase: "O motorista do ônibus fugiu do local temendo ser linchado." Isso é um dizer preconceituoso e sem conhecimento de causa. Logo depois do acidente o motorista e assim como os passageiros evadiram-se do local que fica distante da aldeia Córrego Grande. 
Neste cair de tarde um grande silêncio paira sobre a Aldeia Córrego Grande, as pessoas evitam conversar e quando é preciso, fazem quase que inaudívelmente. A tristeza paira sobre ela. A mesma já estava com a roupagem de luto com a morte de uma senhora de idade. Agora o luto se estende para outras famílias, para o clã "Bokodori Cerae". A noite chega e traz mais tristezas. O técnico Sebastião Ferreira comentou "Como está quieto. Está muito quieto..." se referindo ao estado de espera da aldeia. O silêncio era quebrado somente pelos gritos tristes das mulheres em choro ritual.
Os corpos chegaram aproximadamente às 21 horas na aldeia Córrego Grande e foram colocados no "Baito" (casa que fica no centro da aldeia Bororo). E ouviu-se altos e grandes gritos de dor e de tristeza de mulheres e homens, adolescentes, meninas e meninos inconsolados, abraçados com os dois caixões no centro do "Bai Managejewu" (casa que fica no centro da aldeia Bororo). As mulheres se cortavam vertendo abundante sangue. Logo os gritos e choros se misturaram com o som dos maracás e as fortes vozes do homens que entoavam o canto "Roia Kurireu" (Canto Grande). Ao chegar no "Baito" meu coração doía,  minha cabeça latejava ao fazer o último adeus aos irmãos Bororo, Dário e Nílson.
Os familiares do Prof. Dário e do Nílson têm perdas irreparáveis.
O clã "Bokodori Cerae" está de luto.
A educação escolar Bororo tem uma perda irreparável.
A Aldeia Córrego Grande perde dois filhos de forma abrupta e trágica antes de chegar à idade avançada.
O povo Bororo está de luto pelos filhos que perdeu. Um dia todos nós todos nós iremos morrer, mas, em lugar nenhum no mundo é conformável ver pessoas que levaram tempo para chegar a ser o que era e acabar desse jeito no mundo físico. Pessoas jovens e cheias de vida e engajadas com lutas pela comunidade com foco na coletividade morrerem por atos irresponsáveis de outrem de forma abrupta. Pessoas como tais jamais deveriam dirigir veículos em suas vidas ao se comprovar a culpabilidade, negligência e relapsividade na manutenção de veículos antigos. Carros antigos deveriam ser parados e revistados na polícia rodoviária federal e quando comprovado por perícia a inadequabilidade, serem retirados de circulação que evitaria tantos crimes dolosos e outros e morte de pessoas que nada tem a ver com a situação e/ou estado da pessoa condutora  e do veículo suspeito e em más condições de viagem na condição de ações preventivas, evitando sofrimento de tantas famílias. Pais que deixam esposas, filhos e filhas; mães que jamais retornarão ao lar; filhos e filhas mortos sem terem chegado à vida adulta.

Esperamos que o caso seja apurado nos rigores da lei.

Confiram outro noticiário:



Publicado em 20 de maio de 2013 | 9:48 | Por Míriam Trento

Índios morrem em acidente e aldeia se revolta

O motorista do ônibus bateu em dois carros e fez duas vítimas. Foto: Varlei Cordova/AGORA MT

Fig.: 01. Bororos no local do acidente.

Colisão entre ônibus e carros com índios na MT040. Foto: Varlei Cordova/AGORA MT

Fig.: 02. Prof. e Diretor Bruno Tavie perto do veículo do Prof. Dário.

Frente de um dos veículos envolvidos no acidente na MT040. Foto: Varlei Cordova/ AGORA MT

Fig.: 03. Veículo do Prof. Dário.

Com o impacto o ônibus virou na rodovia. Foto: Varlei Cordova/AGORA MT

Fig.: 04. Ônibus envolvido no acidente.

Corpo de uma das vítimas do acidente entre o ônibus e os dois carros. Foto: Varlei Cordova /AGORA MT

Fig.: 05. Corpo do Prof. Dário Brame.

Situação do carro após a batida do ônibus. Foto: Varlei Cordova/AGORA MT

Fig.: 06. Veículo do Prof. Gilberto Kia.

Lateral do segundo veículo do acidente. Foto: Varlei Cordova/AGORA MT

Fig.: 07. Parte traseira do Veículo do Prof. Gilberto Kia, onde está o corpo do jovem Nílson Koegadu.

Índios cobram uma resposta quanto ao acidente que fez duas vítimas. Foto: Varlei Cordova/AGORA MT

Fig.: 08.

Dois índios da etnia Bororo morreram em um acidente na MT-040, cerca de 30 quilômetros à frente do Distrito de Fátima de São Lourenço, na manhã desta segunda-feira (20). O acidente envolveu dois carros, modelo Uno, e um ônibus.  Uma mulher e duas crianças que estavam em um dos veículos tiveram ferimentos leves e já foram socorridas.
As primeiras informações são de que um dos carros teria furado o pneu e o outro que vinha atrás parou para prestar socorro e que neste momento o ônibus não teria conseguido frear e acabou batendo no Uno e consequentemente atingiu o veículo que estava na frente com o pneu furado.
No momento da colisão, Dário Brame, 40 anos, que havia descido para ajudar trocar o pneu foi atropelado pelo ônibus, já a segunda vítima foi Nilson Kuogado que estava no carro da frente e acabou ficando preso nas ferragens. Os dois morreram no local.
Os dois Unos seguiam para uma Aldeia Gomes Carneiro que pertence a cidade de Jucimeira. O motorista do ônibus fugiu do local para não ser ‘linchado’ pelos índios que estão revoltados com a situação. Outros indígenas chegaram depois do ocorrido e ameaçavam colocar fogo no ônibus.
ATUALIZAÇÃO
O índio Dário Brame era professor, assim como a sua esposa que estava com ele em um dos veículos juntamente com suas duas filhas. Já a outra vítima, Nilson Kuagado era funcionário da Saúde, mas não foi divulgado a qual órgão.
A confusão só foi contida após a chegada do delegado de Jucimeira, Maurício Hoescht, que conseguiu contornar a situação, já que os índios queriam colocar fogo no ônibus.
Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Rondonópolis.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Encontro das Orientações Curriculares Indígenas - 13 a 16 de maio de 2013.

De 13 a 16 de maio de 2013, data do Encontro das Orientações Curriculares Indígenas.

Cronograma: 13/05 (2ª feira).
07h30min. - Credenciamento.
08h30min. - Abertura.
09:00 h.
Colóquio: Educação Escolar Indígena - As Políticas Educacionais, OCs e a Proposta Pedagógica com Dr. Paulo Augusto Mário Isaac - UFMT, Félix Rondon Adugoenau - Mestrando em Educação UFMT e Coordenador da Coordenadoria de Educação Escolar Indígena, Débora Pedrotti - superintende Superintendência de Diversidades Educacionais - SUDE e Profª Aldina Cássia Fernandes da Silva - Superintendência de Formmação de Professores - SUFP, Mediação: Sônia Gonçalina Pereira.
12:00 - Almoço.
13:00 hs
Colóquio: Diretrizes Curriculares 2012 - Conselho de Educação Escolar Indígena com o Prof. Presidente Filadelfo de Oliveira Neto e o Prof. Sebastião Ferreira de Souza. Mediação: Elen L. Prates.
15:00 hs. - Intervalo.
15:15 hs. - Grupos de estudos dos textos das Orientações Curriculares e Diretrizes.
17:00 hs. Encerramento.

14/05 (3ª feira).
08:00 hs. - Continuação grupos de estudos dos textos das Orientações Curriculares e Diretrizes.
09:30 hs. - Intervalo.
09:45 - Continuação grupos de estudos dos textos das Orientações Curriculares e Diretrizes.
12:00 hs. - Almoço.
13:00 hs. - Exposição Dialogada: Concepções Teóricas PPP - Profª Formadora Edileuza Felipe de Souza.
17:00 hs. - Encerramento.

15/05 (4ª feira).

08:00 hs. - Oficina Laboratório: Cadastro e/ou verificação de senhas no Sistema Integrado de Gestão Escolar e PPP on-line.
11:00 hs. Almoço.
13:00hs. - Oficinas: Possibilidades na Construção  Projeto Político Pedagógico.
17:00hs. Encerramento.

16/05 (5ª feira)
08:00hs. Socialização dos Trabalhos.
11:00hs. Avaliação e encerramento do encontro.
12:00hs. - Almoço.
Segundo o folder do encontro: "Este encontro propõe reflexão sobre a multiplicidade étnica nas concepções epistemológicas que fundamentam o Projeto Político enquanto documento norteador das ações escolares indígenas
Objetivo Geral: Compreender o Projeto Político Pedagógico a partir das concepções da Educação Escolar Indígenas, bem como a importância deste projeto na organização coletiva do currículo de acordo com a realidade local.
Objetivos Específicos:

  • Compreender as principais concepções e diretrizes que permeiam o currículo escolar indígena;
  • Conhecer o contexto histórico da Educação Escolar Indígena a partir da redemocratização;
  • Orientar o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico das Unidades Escolares a partir dos princípios e fundamentos da Educação Escolar Indígena e da Interculturalidade."
Comentários:
Este encontro foi orientado pela Coordenadoria de Educação Escolar Indígena que fosse encaminhando na prática. Que as falas abordassem os temas mostrando o que se poderia fazer e já ir fazendo um esboço, preenchendo conforme os anseios dos professores Bororo e dentro do que é possível na legalidade.
Mas, infelizmente não foi assim, conforme alguns professores colocaram. E ainda externaram que a parte teórica estava carregada de expressões e palavras muito técnicas e de pouco acesso e com pouca explicação das mesmas. Para alguns existe a barreira linguística, onde a língua portuguesa é a 2ª língua e, tudo o que é dito em língua portuguesa precisa primeiramente ser processado na na primeira língua para entendimento e compreensão do que está sendo dito. Ao meu ver a parte teórica do encontro estava mais para público não indígena. Poderia-se ter trabalhado e explorado fatos, exemplos e situações da cultura do Povo Bororo e de suas escolas. Quando um indivíduo indígena se sente contemplado e a situação se aproxima da sua realidade ele participa. Daí muitos palestrantes e professores não indígenas acharem que não estão participando e que são tímidos.
Em relação a "didática do palestrante" (metodologia, recursos didáticos), poderia-se ter explorado o colóquio. Nas palestras, os indígenas se sentem distantes. Poderia-se ter utilizado a metodologia do uso da palavra por clãs, iniciando na base da aldeia, conforme a estrutura da planta baixa da mesma.