domingo, 11 de agosto de 2013

Lançamento dos Jogos Indígenas - XII Edição

Aos 9 de agosto de 2013, 6ª feira, aconteceu o Lançamento do XII Jogos dos Povos Indígenas na cidade de Cuiabá - MT, Brasil. 09 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas, data em que pela primeira vez se ouviu a voz dos Povos Indígenas na sede da Organização das Nações Unidas - ONU na cidade de Genebra - Suíça, segundo informação veiculada na cerimônia de lançamento.
Conforme o convite/programação do Governador do Estado de Mato Grosso, Silval Barbosa, o Secretário de Estado de Esporte e Lazer - SEEL, Ananias Martins de Souza Filho:
Data: 09 de agosto de 2013, Sexta-feira.
10:00 horas - Abertura Oficial
Histórico dos Jogos Indígenas.
Solenidade de Assinatura dos Termos e matrizes de Encargos.
Lançamento das peças e programas dos XII Jogos dos Povos Indígenas.
Canto Cultural Indígena.
Local: Salão Clóvis Vetoratto - Palácio Paiaguás.

16:00 horas
Cerimônia Cultural Indígena.
Cerimônia Espiritual Indígena: Água, Terra e Fogo Sagrado.
Instalação do Tronco Indígena - Símbolo dos XII Jogos dos Povos Indígenas.
Benção Tradicional Indígena do lugar.
Local: Jardim Botânico - Região do Sucuri.


Fig. 01. Representantes Bororo da Aldeia Tadari Umana em frente ao Palácio Paiaguás.

Fig. 02. Representantes Bororo das aldeias Tadari Umana e Praião em frente ao Palácio Paiaguás.

Fig. 03. Esq. p/ dir.: Ananias Filho - secretário Secretaria de Estado de Esporte e Lazer, SEEL-MT, Cícero Kudoropa - cacique Aldeia Tadari Umana e menino Bororo.

Fig. 04. Ao fundo, guerreiros Bororo adentram o Palácio Paiaguás e se aproximam do Salão Clóvis Vetoratto, dançando e entoando uma canção com altos gritos desconcertantes.

1º Ato. No Salão Clóvis Vetoratto - Palácio Paiaguás, Cuiabá - MT, Brasil. A abertura oficial iniciou-se com a apresentação de Cuiabá como terra (outrora) do Povo Bororo com o nome "Ikuia Pá", que significa O Lugar de Minha Flecha Arpão
Conforme o pensamento Bororo: I=eu, em mim; Ikuia=flecha arpão; Pá=lugar; Isto quer dizer que a flecha faz parte de quem fala, isto é, dos homens almas Bororo. Logo, é uma forma ritual de falar. Quando se fala no cotidiano, a flecha é objeto de pertence e/ou posse de alguém, então se diz, "ino ikuia" I=eu; ino=minha (posse); ikuia=flecha arpão; "Ino tugo" (minha flecha) na forma cotidiana. "Itugo" na forma da linguagem ritual, conforme entoado no "Roia Kurireu" (Grandioso Canto): Ho-o!!! Imjre inago djeture itugo bukedje.
Fig. 05. Autoridades na composição de mesa no Salão Clóvis Vetoratto.

Fig. 06. Técnicos da Coordenadoria de Educação Escolar Indígena - CEI/SEDUC-MT prestigiando o Lançamento do XII Jogos dos Povos Indígenas: esq.  / dir.: Roberta, Bernadete, Suelen e Maxwell.

Fig. 07. Ananias Martins de Souza Filho secretário SEEL, discurso.

Fig. 08. Governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa e indígena do Povo Paresi na entrega do livro de exemplar de registro de fotografias no último Jogos dos Povos Indígenas.

Fig. 09. Esq. p/ dir. Rivelino Pereira de Souza e Consulado da Bolívia, Jorge e representante do Presidente Evo Morales.

Fig. 10. Assessor indígena da política de esporte e lazer no Ministério do Esporte para os Povos Indígenas, Rivelino Pereira de Souza.

Fig. 11. "Boe Eimejera" (Chefe Bororo) empunha maracá, entoando uma canção, acompanhado por mulheres e homens, jovens e adultos Bororo.

Fig.12. Guerreiro Bororo, grito.

Fig. 13. Marcos Terena no microfone. Ao fundo representantes do Povo Bororo em sua apresentação.

Fig. 14. Representantes do Povo Bororo em sua apresentação.

Fig. 15 Representantes Bororo em sua apresentação.

Fig. 16. Representantes Bororo em sua representação.

Fig. 17. Representantes Bororo em sua apresentação.

Fig. 18. 
Representantes Bororo (Fig. 18.) em sua apresentação, entraram inesperadamente pela porta principal, cantaram, dançaram, subiram pelo palco e saíram pela mesma porta. Alguns guerreiros davam altos gritos desconcertantes. Foi quebra de protocolo. Não teve como impedí-los. Os organizadores ficaram atarantados. Logo, os Bororo entraram novamente dançando e cantando.

Fig. 19. Representantes Irantxe (Manoki), na frente deles, adolescente Paresi.

Fig. 20. Representantes Irantxe (Manoki) e adolescente do Povo Paresi. À esquerda o prefeito de Cuibá, Mauro Mendes e à esquerda, o governador Sinval Barbosa.

Fig. 21. "Boe Eimejera" Raimundo Porubi e secretário SEEL, Ananias Filho.

2º ato
Previsto para as 16:00, horário de Cuiabá - MT, segundo o convite/programação do Governador e secretário da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer - SEEL-MT, na Região do Sucuri.
Fig. 22. Tenda no Jardim Botânico, local dos XII Jogos dos Povos Indígenas.

Fig. 23. Representantes Bororo no local do XII Jogos dos Povos Indígenas.

Fig. 24. Pajé Nambikwara no local do XII Jogos dos Povos Indígenas.

Fig. 25. Pajé e guerreiros Nambikwara.

Fig. 26. Carlos Terena, irmão do Marcos Terena. Ao lado crianças não indígenas plantando um pé de árvore, juntamente com crianças Bororo.

Fig. 27. Crianças Bororo, juntamente com crianças não indígenas segurando o pé de árvore a ser plantado.

Fig. 28. Cacique Bororo, Cícero Kudoropa ajuda a retirar o plástico das raízes da planta.

Fig. 29. Cacique Bororo, Cícero Kudoropa, sendo entrevistado.

Fig. 30. Reunião entre os Bororo, após o término do 2º ato.

Fig. 31. Representantes Bororo em conversa com Margarete Xavier, produtora cultural. 

Fig. 32. Cacique Cícero Kuduropa, CTL Antonio Jukurea Cereu em conversa com Margarete Xavier, produtora cultural, para uma possível vinda deste mesmo grupo para apresentação cultural em Cuiabá - MT.

Movies

Mov. 01. Bororo no 1º Ato.





Mov. 02. Bororo no 2º Ato, Região do Sucuri.




sábado, 3 de agosto de 2013

FRAGILIDADES, ANGÚSTIAS E RECEIOS DE FÉLIX ADUGOENAU

Fragilidades, angústias, receios...
É tempo de falar um pouco das fragilidades, das angústias e dos receios pessoais de  Félix Adugoenau. Outrora ainda não estava em tempo, agora o é. 



Fig.: 1. Félix Adugoenau com uma medalha ao pescoço para lembrar "Barugi" um dos totens do seu clã, um falconídeo. A figura da medalha não é uma pomba do espírito santo dos católicos. Adugo Enaw diz que não é católico e nem cristão, ele pertence a religiosidade do Povo Bororo.

Todo homem tem medo e um dos ensinamentos do Povo Bororo é ter medo, "pagudu". "Pagudu" se traduz em vários outros significados: medo, respeito, receio com consciência de fazer algo ruim para o outro e ética. Simboliza estímulo e desafio. Mesmo um porco selvagem sente medo, é o instinto de sobrevivência. Em certa reportagem, 2 cães da raça pitbull foram mortos por policiais por terem atacado o próprio dono e a 3ª, uma cadela, também desta mesma raça, escapou da morte por ter se escondido embaixo de automóvel e ficou famosa por isso. Ao perceber a ação dos policiais ela se esconde. O medo a manteve viva. Para o Bororo, ter medo é indispensável para vencer um obstáculo, porque medo e coragem são duas coisas que andam juntas e a esta última nasce no âmago da primeira que faz o mais medroso dos homens tornar-se o mais valente da face da terra. 
Somente não fora ainda falado pelo fato de ainda não estar no momento, mas, agora o é. É o medo que faz a coragem emergir. Faz o Bororo se entregar aos eventos mais perigosos.
Altruísta. 
Foi o que um dia alguém disse a Félix Adugoenau - ainda com 16 anos de idade - e isso fazia parte dele e de sua história.
No início não foi compreendido por não estar interessado no que essa pessoa estava dizendo.
Ele presta atenção em si mesmo, na sua postura, no seu modo de falar, do que gosta e o que não gosta e no que pode desagradar aos outros. Aos poucos ele percebeu que muita coisa do que tinha aprendido com seus pais, sua avó e seus avôs estava se tornando parte dele, se transformando junto com o desenvolver de um pequeno corpo de menino, frágil e delgado e mais tarde estes mesmos ensinamentos com mais profundidade foram impregnados na sua própria alma por verdadeiros chefes clânicos Bororo, dos quais - como diz o Bororo - Enquanto meu coração pulsar com vida, segurarei as palavras deles, dos chefes tradicionais. Chefes, dentro da complexa organização social Bororo. Chefes dentro da ética Bororo. Talvez os mais nobres, belos e profundos ensinamentos que o movem tenham preservado a sua vida. Certo dia seu avô caçador disse o seguinte: O desconfiado vive mais. O incauto, o curioso morre cedo. Quantas e quantas vezes a morte sorriu-lhe e ainda o mesmo não partiu para a grande viagem a "Bakororo", a "Itubore". Um "paopega" (pai de todos nós), ancião Bororo, assim um dia disse a Félix Adugoenau: Quando a morte olhar para você, sorria de volta. Em nota, no linguajar Bororo não se fala e/ou chama um ancião e anciã de velho, de velha. Não existe um vocábulo para expressar a palavra "velho" em se tratando de pessoa. Se atualmente alguém Bororo chama um ancião Bororo de velho, é porque falta trabalhar a ética e certos valores deste povo com suas crianças e jovens, é porque adotou um novo valor que é alheio e alienígena ao valor dentro da ética deles. Se atualmente um jovem Bororo ao utilizar a palavra "velho" como um vocativo é porque adotou um outro valor da sociedade envolvente nesta mesma palavra para desqualificar e desmerecer num sentido pejorativo e até mesmo ofensivo a uma pessoa com idade avançada. Não é da cultura milenar autóctone Bororo chamar uma pessoa que tem mais idade de velho. Para isso há o vocativo "pao pega" que significa "pai de todos nós". Pao pega emage (pais de todos nós). Todos os anciões Bororo são "Pao pega emage". Todas as anciãs Bororo são "Page pega emage" (mães de todos nós). Quando é necessário se referir a alguém de mais idade que não seja Bororo, o Bororo diz "tchodu", cujo significado é empretecido com simbolismo de endurecido pelo tempo. Nos cantos funerários há trechos que traduzem a morte como algo extremamente ruim, mas necessário, que traz coisas bonitas, belas e boas para o Bororo. 
No "Roia Kurireu" (Canto Grandioso) há o seguinte trecho que fala com a morte: 
"Ceire okwa padarogwa reu Kaia akore: gugúgwa"
Que se traduz em: Ó morte, vem a nós com aquilo que é bonito. A dança com tambor responde: sim. Durante o ciclo funerário, o Bororo vive quase que no além, juntamente com os finados. Vale lembrar aqui que algumas aldeias Bororo, num passado longínquo, foram transportadas para o além, conforme a mitologia e crença deste povo.
Um dos episódios mais revoltante foi o de um dito "civilizado" atirar nele, contra ele, com arma de fogo (sim, ele atirou nele com arma de cano curto, calibre 38), rente aos seus pés e posteriormente dizer aos gritos: Se você tiver um deus, reze a ele porque hoje vai ser o seu último dia!!! Apesar de ter passado vários anos, ainda é claro esses mesmos gritos. Não havia nada a temer. Ele estava nas terras de "Bakororo" na beira do Rio das Garças, município de General Carneiro - MT, e, em silêncio, ele sorri a sós novamente, recordando do que lhe disse o ancião. "Bakororo" é o ente metafísico máximo para o Povo Bororo.
Seu coração tem compaixão e pena da miséria dos mais necessitados e dos mais fracos, ao sofrer com suas desgraças. Ele gostaria que todos tivessem com os seus sofrimentos amenizados - ele tem a plena consciência de que não pode fazer muita coisa por eles, os necessitados, os ainda não libertos, os ainda presos. Ele pensa naqueles que estão nas aldeias Bororo, seus sofrimentos, suas fragilidades, suas angústias, seus anseios e receios. Seus ódios. Mas também o jeito singelo de tratar as pessoas com delicadeza, urbanidade e esmero em não ofendê-las. Todos os dias ele pensa em fazer algo de bom por eles, junto com eles. Mas o que fazer?... Há toda sorte de problemáticas nas aldeias Bororo: Territorialidade, território, terra, moradia, educação, saúde, exercício da cidadania, segurança alimentar, segurança jurídica, Projeto de Emenda Constitucional - PECs e tantos outros que vêm atormentando e fustigando a anos este povo e demais povos indígenas.
Ele tem a plena certeza de que seu povo está em decadência. É por isso que agora entende o porque dos choros e lamentações dos seus anciões e anciãs e antes ele não sabia, isso porque não dominava a linguagem do choro ritualístico. Não é somente de saudades de seus entes queridos que choram na linguagem ritual Bororo. Choram de tristezas. Choram de dor. Choram por um futuro que não verão. Lágrimas pelo território que um dia foi do Povo Bororo e pelas façanhas deste povo. Ele acredita que hoje são um resto de gente. Félix Adugoenau tem várias interrogações e a cada dia aparecem mais e mais... Interrogações a nível de povo, de etnia, de metade exogâmica, de clã e de subclã, de indivíduo Bororo, de segmento indígena, de política indigenista, para a coletividade indígena. 
Ele deseja imensamente que os (as) melhores pensadores (as) Bororo (anciões e anciãs) mais os (as) neo líderes imergentes (cacique) se juntassem e traçassem estratégias de lutas e trânsito no mundo envolvente para a permanência e continuidade na condição de Povo Bororo e não como Povo Bororo que abrangesse toda a territorialidade e as terras Bororo para uma política geral e comum da coletividade, dentro da ética autóctone Bororo, para minimizar a fragmentação da política união deste povo que iniciou desde a chegada dos colonizadores no vasto território Bororo. O Povo Bororo precisa se reerguer e já há elementos que contribuem para um recomeçar nesta luta.
Um dia ele disse que estava gastando em demasia, mas não disse como. Muita gente acha que ele tem um salário com cifras altas em dinheiro. Quantas e quantas vezes ele teve que viajar sem diárias para as aldeias a fim de tentar resolver situações que não podem esperar. Nestas viagens sem diárias foram recursos do meu próprio bolso, no cartão de crédito da Vivo e Santader em hospedagens, alimentações. São viagens de trabalho para atender demandas escolares indígenas. A prioridade para ele era e é ver a situação resolvida. Nunca ninguém fez isto, enquanto gestor da Educação Escolar Indígena em Mato Grosso. Ele disse ainda que muitas vezes o medo e a incerteza andaram lado a lado com ele e com magnânima responsabilidade de estar à frente da Coordenadoria de Educação Escolar Indígena, mas o sentimento de ajudar foi maior, não havendo hesitação em fazê-lo. Mesmo pessoas de outro povo indígena ele ajudou como se fossem pessoas do seu próprio povo, quando não tiveram apoio em hospedagem, alimentação e passagens em Cuiabá - MT. Em uma circunstância, dois anciões do Povo Xavante (que se expressam com muita dificuldade em língua portuguesa) e um jovem de nome Norberto que vieram para Cuiabá e ficaram sem hospedagem e alimentação, Félix Adugoenau solicitou ajuda para os mesmos, mas foi impossível a ajuda, por um série de impedimentos. Então ele começou a agir por conta própria e individualmente, ajudando-os. Ele resolveu que ele mesmo assumiria despesas com recursos pessoais, do meu próprio salário, quando sentindo-se às vezes só, quase que abandonado e só, arrostando e tomando para si as problemáticas, muitas sem resolução fácil. A Secretaria de Estado de Educação não tinha como ajudar por não ter 10 dias hábeis para efetivação das aquisições e autorizações de hospedagem e alimentação em apoio aos mesmos. É o trâmite burocrático legal. A FUNAI de Cuiabá foi contatada, assim como a Operação Amazônia Nativa - OPAN e o próprio Conselho Indigenista Missionário Brasileiro - CIMI, ambos de Cuiabá - MT, mas também eles, não estavam em condições de ajudar os três. Para resolver algumas das questões semelhantes, Félix Adugoenau fez cinco empréstimos no Banco do Brasil, como podem conferir nas fotos abaixo. Não é reclamação, pelo contrário, ele sente paz interior de ter ajudado os indígenas de vários povos que precisaram sair de suas aldeias para resolver problemáticas em Cuiabá  - eles não sabem disso e Félix Adugoenau nunca contou nada para eles. E arrostou as maiores dificuldades e problemáticas a sós com muita ousadia e coragem de um "boeigare" - o mais bravo e valente guerreiro Bororo, existe um outro tipo de valente guerreiro, "tugoboeigare", mas não tanto como o primeiro - guerreiro solitário, num mundo em que outrora viveu seu povo, Ikuia Pá, hoje, Cuiabá. Desde que aqui chegou para trabalhar na SEDUC-MT, jamais tirou férias, até o dia desta publicação. Depois que se mudou de endereço, ele olha todos os dias para o morro "Aturuari" (Morro do espírito Aturua), ao longe, antes de ir para o local de seu trabalho - sagrado para o Povo Bororo, conhecido pelos não indígenas como Morro de Santo Antônio. Uma das gênesis do Povo Bororo aconteceu neste morro.
                             Com humildade de criança.
                             Com inquietação de adolescente.
                             Com consciência de adulto.
                             Com serenidade de ancião.
Várias vezes ele entoou um canto ancestral antigo quando já sem forças para prosseguir, sem ânimo: "Aiewere okwa, batodu, ceie rega djure eiawo otogadjedje...[...]"
                             
Abaixo as fotos de cinco extratos bancários do Banco do Brasil com data de 3/07/2013, contendo as suas dívidas, ainda a quitar, no valor total de R$ 21.113,48 (vinte e um mil, cento e treze reais e quarenta e oito centavos), sem contar uma casa que o mesmo tem de pagar durante 30 anos.
Fotografia 01, R$ 590,25;
Fotografia 02, R$ 896,41;
Fotografia 03, R$ 4.452,20;
Fotografia 04, R$ 5.301,67;
Fotografia 05, R$ 9.872,95;
Total: 21.113,48.
Fotografia 01. Saldo devedor: R$ 590,25. Valor total empréstimo: R$ 2.033,34. 
Liberado: R$ 2.000,00

Fotografia 02. Saldo devedor: R$ 896,41. Valor total empréstimo: R$ 1.093,23. 
Liberado: R$ 1.000,00.

Fotografia 03. Saldo devedor: R$ 4.452,20. Valor total empréstimo: 4.899,33. 
Liberado: R$ 4.778,00.

Fotografia 04. Saldo devedor: R$ 5.301,67. Valor total empréstimo: R$ 5.594,25. 
Liberado: R$ 5.500,00.

Fotografia 05. Saldo devedor: R$ 9.872,95. Valor total empréstimo: R$ 10.469,01. 
Liberado: R$ 10.176,62.
É intenso o fluxo de demandas e vastas as preocupações, mas, a sua ética e ensinamento genuínos do seu povo o afasta da possibilidade de prevaricar em suas responsabilidades. É claro que quando ele não estiver mais com o peso desta responsabilidade, pouquíssimas pessoas conseguirão reconhecer os valores pelos quais ele se direcionou e se dedicou com esmero. Oxalá que "nasçam" mais jovens indígenas com interesse e real preocupação dos povos indígenas. Precisamos de mais lideranças indígenas com perfil de pertencimento étnico real. E não precisam fazer o que fez Félix Adugoenau, se auto sacrificando no aspecto financeiro salarial.