terça-feira, 19 de novembro de 2013

Desarranjo Intestinal no XII Jogos dos Povos Indígenas

Socializando apenas para leitura...
Será que é apenas isso mesmo?...
Alguns indígenas disseram-me que estavam servindo carne estragada de frango e que era perceptível o cheiro característico de carne de frango azeda. Enfim, há várias versões sobre o desarranjo intestinal de várias pessoas indígenas no evento.
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DIÁRIO DE CUIABÁ EM 14/11/2013
Surto de diarréia atinge índios em jogos

Dezenas de participantes do XII Jogos dos Povos Indígenas, realizado no bairro Sucuri em Cuiabá, precisaram de atendimento médico


GUSTAVO NASCIMENTO
Da Reportagem
Um surto de diarréia atingiu participantes do XII Jogos dos Povos Indígenas, realizado no bairro Sucuri, em Cuiabá. Mais de 150 pessoas contraíram a doença consumindo água do rio Cuiabá. Índios também reclamaram que a comida pesada, servida na competição, também contribuiu para o mal-estar coletivo. 



Em menos de 30 minutos dentro do posto médico avançado (PMA), instalado dentro da sede dos jogos, o Diário flagrou dezenas de indígenas reclamando dos mesmos sintomas: cólicas e desarranjo.

Segundo informações do PMA, os agentes têm realizado entre 100 a 150 atendimentos por dia, relacionados ao problema.
O ancião Tonho Kaiapó, da região Sul do Pará, viajou três dias para poder participar dos jogos. Ele conta que há três dias vem sofrendo com dores de barriga, mas que somente ontem recebeu atendimento e foi medicado. Segundo ele, o cardápio não era adequado para as comunidades, o que pode ser um dos motivos do surto. “Serviram feijão e outros alimentos que nós não estamos muito acostumados”, disse. 

Entre os alimentos servidos para os 1,6 mil indígenas que participam do evento estava a carne de porco. Porém, diversas comunidades estão acostumadas apenas com a carne de porco-do-mato, que contém menos gordura que o tradicional. 

O jovem Piwatasa é goleiro do time de futebol masculino da tribo Way Way do estado do Pará. Ele conta que assim como outros membros da sua tribo, ontem amanheceu com diarréia. Piawtasa também reclamou da comida servida e disse que por conta da doença não sabe qual será o seu futuro dentro da competição. 

De acordo com o secretário de Estado Esporte e Lazer (Seel), Ananias Martins de Souza Filho, os governos federal, estadual e municipal forneceram apenas a infraestrutura e local para o evento. Quem organizou os detalhes foi o Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena (ITC), que inclusive escolheu o local. “Nós preferíamos que o evento fosse realizado dentro da cidade, mas as lideranças vieram até aqui, oraram e decidiram que aqui seria ideal, nós apenas acatamos”. 

Conforme o organizador do evento e coordenador técnico-cultural do ITC, Marcos Terena, o problema com a água se deu porque algumas etnias não estão acostumadas a esperar a água sair da torneira e por isso cortavam a ligação da caixa d’água para tomarem banho direto dela. No momento de religar, muita terra acabava indo para nos canos. Ele disse que o problema somente foi sanado após uma reunião com lideranças das 48 comunidades presentes. 

Conforme a assessoria do evento, duas equipes médicas ficam de prontidão no PMA. A assessoria informou que não sabe a causa do surto e a Vigilância Sanitária investiga. Segundo a assessoria, 98% da demanda foi atendida no próprio posto e apenas 2% foram encaminhadas para o hospital Metropolitano de Várzea Grande.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Imagens atividades na Arena Central - XII Jogos dos Povos Indígenas

Socializo imagens de atividades de: 
Cabo de Força, Apresentações culturais indígenas e Corrida de 100 metros, feminino e masculino na Arena Central no XII Jogos dos Povos Indígenas, Região Sucuri, Cuiabá - MT.
Créditos: Félix Adugoenau.


Fig.: 01.

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Fig.: 17. Corrida 100 metros feminino.

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Fig.: 30.

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Fig.: 33.

Fig.: 34.

Fig.: 35.

Fig.: 36.

Fig.: 37. Apresentação cultural.

Fig.: 38. Corrida 100 metros masculino.

Fig.: 39. Corrida 100 metros masculino.
I

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Aldeia Maracanã - Rio de Janeiro

Reunião com o cacique da Aldeia Maracanã - Rio de Janeiro.

Aos 12 e 13 foram realizadas reuniões com o cacique da Aldeia Maracanã, antigo museu do índio no Rio de Janeiro na Oca Digital.
O cacique Carlos Tukano aproveitou o ensejo do XII Jogos dos Povos Indígenas para solicitar apoio na luta pelo prédio onde funcionou o antigo Museu do Índio na cidade de Rio de Janeiro que na atualidade é chamada de Aldeia Maracanã, local onde houve mandado de retirada dos indígenas que lá estavam pela polícia e que se tornou manchete nas redes de televisão.
Segundo Carlos Tukano, Cabral, governo do Rio de Janeiro, antes contrário aos interesses dos Povos Indígenas que lá estão, agora é parceiro e que não demolirá o prédio e que já há uma proposta de restauração e reforma do mesmo. Esta fala de Carlos Tukano é referendada e confirmada pela Adriana Rattes, Secretária de Estado de Cultura do Rio de Janeiro - RJ.

Fig. 01. Dir para esquerda: Carlos Terena - Articulador Comitê Intertribal Ciência e Memória Indígena - ITC, Adriana Rattes - Secretária de Estado de Cultura do Rio de Janeiro - RJ e Toni Lotar - Indigenista Darci Ribeiro.

Fig. 02. Dir, para a esquerda: Adriana Rattes - Secretária de Estado de Cultura do Rio de Janeiro - RJ e Carlos Tukano - cacique Aldeia Maracanã - RJ.

Segundo Carlos Tukano, após a primeira ocupação, houve uma segunda ocupação do local com 15 indígenas que se aliaram com não indígenas que se passam por indígenas. Segundo Kaiáh do Povo Wai Wai, que participou da 2ª ocupação, há pelo menos 100 não indígenas todos os dias no local com dizeres contrários ao governo de Cabral, governador do Rio de Janeiro - RJ. Estes pedem donativos, se passando por indígenas, se pintando e se adornando com adornos indígenas. Ele disse ainda que dos 15 indígenas que participaram da 2ª ocupação, 12 saíram de lá, ao perceberem que estavam do lado contrário à política de melhorias para os Povos Indígenas. Desses 12, Kaiáh é um deles.
Carlos Tukano afirma que para acontecer a reforma predial da Aldeia Maracanã, é necessário que haja um consenso entre os indígenas, isto é, que não haja ocupação no local.

Fig. 03. Depoimento de Jakalo - liderança tradicional Povo Kuikuro.

Fig. 04. Participantes indígenas na reunião com cacique Carlos Tukano.

Fig. 05. Reunião: Adriana Rattes, Carlos Tukano e Toni Lotar.

A secretária afirma que ela está à disposição para diálogos.
Ainda a FIFA enviou documento afirmando que a demolição do prédio não faz parte da sua política.
Calos Tukano apresentou uma Proposta preliminar para Projeto de ocupação cultural do antigo museu do índio no Rio de Janeiro, cuja missão será "Ser um Centro de Referência da Cultura dos Povos Indígenas de Cultura Viva no Rio de Janeiro que valorize e divulgue a história, cultura e contribuição dos povos originários na formação do Brasil com a missão" [...]. Retirado da Proposta Preliminar para Projeto de Ocupação Cultural do Antigo Museu do Índio no Rio de Janeiro.

Alojamento XII Jogos dos Povos Indígenas

Alguns contrastes do alojamento no XII Jogos dos Povos Indígenas.


Fig. 01. Entrada do alojamento dos Povos Indígenas. Muita água no chão.

Fig. 02. Rua principal do Alojamento. Ao fundo estão os chuveiros.

Fig. 03 Água e restos de palha nas ruas do alojamento.

Fig. 04. Água empoçada na área restrita (alojamento).


Fig. 05. Estrada na lateral da área da Aldeia Okara.
  
 Fig. 6. Cama: improvisado no alojamento apenas com uma tábua de madeira compensada no chão e forro por cima.

Fig. 8. Interior de um alojamento todo molhado após chuva, com cama no chão. Esta cama não tinha lençol e nem forro.

Fig. 9. Depois: rua do alojamento cascalhado e com abertura de canal para escoamento das águas das chuvas. Paliativo após a chuva.

Fig. 10. Rua principal do alojamento com muita lama e canal de escoamento das águas das chuvas. Paliativo após a chuva.


Fig. 11. Restos de palha utilizadas na cobertura dos barracões que tornou-se lixo e não fora devidamente tratado.