sexta-feira, 23 de novembro de 2012

GT PARA O DESENVOLVIMENTO POLÍTICO E SOCIAL BORORO

13 de novembro de 2012, 3ª feira inciou a reunião denominado Reunião GT para Desenvolvimento Político e Social Bororo na Aldeia Meruri do Povo Bororo, "Boku Tadawuge" (Moradores do Cerrado), denominado ainda "Cobogiwuge" (Os de cima). Meruri situa-se no município de General Carneiro - MT e parte do seu território está no município de Barra do Garças - MT. O local desta reunião aconteceu na escola desta aldeia.
O Coordenador da Coordenadoria de Educação Escolar Indígena - CEI/SEDUC-MT, Félix Adugoenau foi convidado pelo atual diretor da escola estadual de Meruri, Senhor Ivanir Mathias com nome de sua origem Koguegadu e pela Assessora Pedagógica Cárlia Leite, a popular Nina.
A pauta principal da reunião foi criar um GT que contemplaria outros pequenos GTs de trabalho para atender e encaminharem demandas diferentes. Cada GT teria a sua tarefa e trabalho a desempenhar para trabalharem com projetos. Ficou ainda de se fazer um fechamento e sistematizar os  trabalhos, envolvendo professores e educandos escolares Bororo. Os trabalhos aconteceriam de forma que a escola estivesse envolvida em quase todos os assuntos da comunidade.

Fig.: 1. Esquerda para direita: Professor Kléber Meritororeu, Professor Gérson Enogureu e a Assessora Pedagógica Cárlia Leite.
Fig.: 1, professor Gérson Enogureu (socando com mão de pilão), fazendo uma aula extraclasse, inter e intradisciplinar de uma comida típica tradicional milenar do Povo Bororo, denominado "Akow Kugu" (Minguau de Bocaiuva). Os educandos escolares observam, ouvem, experimentam e fazem alegres comentários.


Fig.: 2. Socagem de polpa da bocaiúva.
Educando escolar depois de observar, ouvir, agora experimenta com comentários próprios e fazendo feedback com os colegas.

 Fig.: 3. Esquerda para direita. Ass. Pedagógica Cárlia Leite e a "aroe etuje" (mãe de alma), senhora Leonida.
Na Fig.: 3, "Aroe Etuje" (mãe de alma), senhora Leonida que atende as meninas nesta aula. Na educação milenar Bororo, já nessa idade quem ensina para meninas é a mulher. Notem que o professor Gérson Enogureu está com meninos. 
Há a necessidade de refletirmos e rever a escola para o Povo Bororo para então termos realmente uma escola diferenciada e específica e que dê conta de fazer com que os educandos escolares Bororo transitem nos dois mundos, Bororo e não Bororo com pleno sentimento de pertencimento étnico, clânico e subclânico, com permanência de vivência na condição de povo e sua organização social, econômica, cultural e religiosa. É mister buscar e reviver a religiosidade Bororo, intrínseco na permanência na condição de povo, do verdadeiro "ser" Bororo.


Fig.: 4. No fundo "Aroe Etuje", senhora Leonida.
Fig.: 4, "Aroe Etuje", senhora Leonida está amassando com as mãos a polpa da bocaiuva. As meninas fazem o mesmo, na mesma aula do professor Gérson Enogureu.

Fig.: 5. Professora Flávia Kremer na escola de Meruri.
Professora Flávia (fig. 5) explanando a pauta da reunião Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento da Nação Boe e suas subpautas na sala nova da escola de Meruri.

Fig.: 6. O Coordenador Félix Adugoenau junto com os estudantes Bororo (Aldeia Meruri) na sala de aula durante a explanação dos trabalhos pela professora Flávia.



Fig.: 7. Grupo de trabalho.

 Fig.: 8. Grupo de trabalho.

Fig.: 9. Grupo de trabalho.

Fig. 10. Grupo de trabalho.

Os grupos (figs. 7, 8, 9 e 10) foram constituídos para pesquisarem e encaminharem as proposições acordadas na reunião plenária denominada Reunião GT para Desenvolvimento Político e Social Bororo

Fig.: 11. Sala da Coordenação pedagógica da escola de Meruri.

Da esquerda para a direita (fig. 11), Professora Flávia Kremer e Professor Bororo Orestes Santino Rondon Uwororeu.
O Professor, Uwororeu também constituiu um grupo de trabalho, pesquisando na internet e dando suporte para os outros Gts.

Fig.: 12.
Professora Maria Trindade Tuboregiri (fig. 12) com educandos escolares de sua responsabilidade na escola de Meruri.

Fig.: 13.
Professora Elizabeth Arogiareudo (Fig. 13) com educandos escolares de sua responsabilidade na escola de Meruri.

Fig.: 14.
Professora Áurea Koetaro (Fig. 14) com educandos escolares de sua responsabilidade na escola de Meruri.

Fig.: 15. 
Professora Aurilene (Fig. 15) com educandos escolares de sua responsabilidade na escola de Meruri.

Fig.: 16.
Professora Sandra Aroe Poiwo (Fig. 16) com educandos escolares de sua responsabilidade na escola de Meruri. 

Fig.: 17. 
Educandos escolares Bororo (Fig.: 17) no antigo prédio, escola de Meruri.

Fig.: 18. 
Educandos escolares Bororo no antigo prédio, escola de Meruri (Fig.: 18).

Fig.: 19. 
Educandos escolares Bororo, prédio novo construído pela SEDUC-MT, escola de Meruri (Fig.: 19).


Fig.: 20. 
Educandos escolares Bororo e o prédio novo  construído pela SEDUC-MT pareceria MEC-FNDE, escola de Meruri (Fig.: 20).

Fig.: 21.
Educandos escolares em recreação, escola de Meruri (Fig.: 21).

Fig.: 22.
Prédio antigo e prédio novo, escola de Meruri (Fig.: 22).


Fig.: 23.
Estrada que leva à Aldeia Koge Ekureu (Fig.: 23).


Fig.: 24.
Aldeia Koge Ekureu que significa Dourado Amarelo (Fig.: 24).

Fig.: 25.
O Coordenador Félix Adugoenau (Fig. 25) na travessia de pinguela no córrego "Kuje Bó Pó Rureu" que significa Córrego do Mutum de Águas Barrentas, em visita a Aldeia Koge Ekureu, na Reserva Indígena Meruri.


Fig.: 26.
Aldeia Koge Ekureu (Fig.: 26) na Reserva Indígena Meruri.

Fig.: 27.
 Da esquerda para a direita: Kogegadu - Diretor da escola estadual de Meruri, Aroe kudu (nome de origem) Getúlio (nome de transitação no mundo não indígena) - Secretário da escola estadual de Meruri na sala de extensão na Aldeia Koge Ekureu.

Fig.: 28.
Sala de extensão na Aldeia Koge Ekureu (Fig.: 28).


Fig.: 29.
Aroe Kudu e Kogegadu na pequena aguada da Aldeia Koge Ekureu. Ao fundo, atrás de Aroe Kudu, a sala de extensão (Fig.: 29).

Fig.: 30.
Interior sala de extensão na Aldeia Koge Ekureu (Fig.: 30).


Fig.: 31.
Sala de extensão na Aldeia Koge Ekureu, Reserva Indígena Meruri (Fig.: 31). Visitação Coordenadoria de Educação Escolar Indígena - CEI/SEDUC-MT, 15 de outubro de 2012, 5ª feira.

Fig.: 32.
Professor Marege kadojeba - nome de origem - nome de transitação no mundo não não Bororo, Teodoro e a sala de extensão da EEI Sagrado Coração de Jesus - Meruri na Aldeia Nabure Eiao, Reserva Indígena Meruri (Fig.: 32). Nabure Eiao traz o significado de "Lugar das Araras Vermelhas". A sala está interditada por motivos de segurança para os educandos escolares Bororo desta aldeia.


Fig.: 33.
Da esquerda para a direita, Aroe Kudu (secretário da EEI Sagrado Coração de Jesus - Meruri), Koguegadu (diretor da EEI Sagrado Coração de Jesus - Meruri) e Marege Kadojeba no interior sala de extensão na Aldeia Nabure Eiao (Fig.: 33). A pessoa atrás do diretor é o motorista da SEDUC-MT que tenta explicar para Félix Adugoenau o grau de comprometimento dos caibros.


Fig.: 34.
Interior sala de extensão na Aldeia Nabure Eiao (Fig.: 34).


Fig.: 35.
Caibros comprometidos na sala de extensão na Aldeia Nabure Eiao (Fig.: 35).


Fig.: 36.
Interior sala de extensão na Aldeia Nabure Eiao (Fig.: 36). Detalhe dos caibros que cederam. A sala foi interditada por motivos de segurança para os educandos escolares Bororo desta aldeia.


Fig.: 37.
Interior sala de extensão na Aldeia Nabure Eiao (Fig.: 37). Detalhe do caibro que cedeu. Pelo menos dois caibros estão comprometidos. Com o peso das telhas os caibros racharam e há a iminência de quebra ao meio dos mesmos. O coordenador Félix Adugoenau orientou ao diretor Koguegadu que montasse o processo da Verba Emergencial e enviasse para a SEDUC-MT. O valor máximo da Verba Emergencial é de R$ 14.500,00 (quatorze mil e quinhentos reais).


Fig.: 38.
Sala de extensão na Aldeia Nabure Eiao (Fig.: 38).

Fig.: 39.
Da esquerda para a direita: educando escolar Bororo, Francisco (motorista SEDUC-MT), Koguedadu (diretor EEI Sagrado Coração de Jesus - Meruri), Marege Kadojeba (professor sala de extensão Aldeia Nabure Eiao) e Aroe Kudu (secretário EEI Sagrado Coração de Jesus - Meruri). Visitação Coordenadoria de Educação Escolar Indígena - CEI/SEDUC-MT, 15 de outubro de 2012, 5ª feira (Fig.: 39.).

Fig.: 40.
Aldeia Nabure Eiao, Reserva Indígena Meruri, município de General Carneiro - MT (Fig.: 40.).

Fig.: 41.
Aldeia Nabure Eiao, Reserva Indígena Meruri, município de General Carneiro - MT (Fig.: 41.).

Fig.: 42.
O Coordenador Félix Adugoenau na Aldeia Nabure Eiao, visitando as plantações no quintal de casa feitas  pelo professor Marege Kadojeba e sua esposa (Fig.: 42).

Fig.: 43.
O Diretor da EEI Sagrado Coração de Jesus - Meruri Koguegadu na Aldeia Nabure Eiao, visitando as plantações no quintal de casa feitas  pelo professor Marege Kadojeba e sua esposa (Fig.: 43).

Fig.: 44.
Reunião na EEI Sagrado Coração de Jesus - Meruri. Pauta principal: Contagem de Pontos, explanada pela assessora pedagógica de General Carneiro - MT, Cárlia Leite, popularmente mais conhecida por Nina (Fig.: 44).

Fig.: 45.
Reunião na EEI Sagrado Coração de Jesus - Meruri. Pauta principal: Contagem de Pontos, explanada pela assessora pedagógica de General Carneiro - MT, Cárlia Leite, popularmente mais conhecida por Nina (Fig.: 45).

2 comentários:

  1. Parabéns pelos seu ótimos trabalhos Sr. ADUGOENAU, e por estes dias que você esteve aqui conosco em MERURI partilhando, ajudando, dando total apoio e dando suporte para os nossos alunos e educadores.

    Um grande abraço do seu primo UWOROREU!

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  2. Parabéns pelo blog e por seu trabalho em geral Adugoenau, estou muito feliz de ter encontrado essas noticias online! Abraços, Flávia Kremer (nome de origem) e Arireudo (nome de transito no mundo Boe :)

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